quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

E quando a cabeça fervilha

Com ideias para novos projetos, que nem sabemos como havemos de expressar e colocar no papel?
Com coisas que temos para fazer em casa? O cesto de roupa que continua por passar
Com preocupações com os miúdos? O G está cheio de tosse, será que estamos a passar tempo de qualidade com eles? os dias passam a correr.
Que faço para o jantar amanhã e a seguir?
Que posso fazer para poupar mais e melhorar as nossas finanças?
Que atividades posso desenvolver no trabalho de forma a proporcionar desafios a 20 crianças entre os 12 e 24 meses ( não devia ser permitido ter tantos miúdos numa sala).
Quando iremos ter um momento sossegado a dois para conseguir conversar um bocadinho?
O que vou dizer na reunião à mãe daquele menino que tanto me está a preocupar?
Quando vou conseguir tirar um tempo para mim, nem que seja para arranjar as unhas?
Tenho de ligar à D e ver como estão os preparativos para o casamento.
E o que comprar para a festa de aniversário da C já no próximo domingo? Vai ser bom reunir a família.
No próximo sábado não me posso esquecer do jantar de primos, somos 23 entre os 32 anos e a pequena L com apenas uma semana de vida.

Mãe, mulher, amiga, dona de casa, educadora, às vezes sinto que não vou ser capaz de dar conta do recado, mas então respiro fundo, pego no meu caderno, nas minhas canetas, respiro fundo novamente e as cosas parecem ganhar novo rumo e depois ele abraça-me, eles sorriem para mim e sei que tudo está bem.


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